Moraes reage a novo ato bolsonarista e proíbe protestos na Praça dos Três Poderes
Moraes reage a novo ato bolsonarista e proíbe protestos na Praça dos Três Poderes
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a imediata remoção de qualquer estrutura de acampamento em um raio de 1 km do Supremo, Congresso Nacional e Palácio do Planalto. A decisão, que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República, foi motivada por manifestações recentes de deputados bolsonaristas como Hélio Lopes (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), que transformaram a praça em um palanque político contra o STF.
Moraes proibiu barracas, tendas, caixas de som, bandeiras e até cadeiras no local, e autorizou a prisão imediata de quem desobedecer. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), já autorizou o uso de força policial, caso haja resistência.
A ação ocorre em meio a nova onda de radicalização bolsonarista, impulsionada pelas condenações recentes de Carla Zambelli e Marcos do Val. A ocupação da praça foi vista como provocação direta ao Judiciário, e Moraes respondeu com firmeza, reforçando que não tolerará repetição dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Deputados envolvidos já começaram a deixar o local, mas seguem mobilizando apoiadores nas redes sociais, com ameaças de novo protesto em 1º de agosto — data em que entra em vigor a sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros, fato que também deve mobilizar movimentos sociais da esquerda.
Nos bastidores, avalia-se que parlamentares bolsonaristas tentam se projetar para as eleições de 2026 encarnando o papel de “perseguidos políticos”. Moraes, por sua vez, endurece o discurso e envia um recado claro: o Supremo não se curvará a novas investidas autoritárias. O clima de tensão institucional permanece, e o risco de novos confrontos preocupa o governo federal.
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