Sergio Moro continua liderando corrida ao governo do Estado.
A nova pesquisa da Paraná Pesquisas, divulgada nesta terça-feira (8), confirma o senador Sergio Moro (União Brasil) na liderança da disputa pelo Palácio Iguaçu e aponta Requião Filho, agora no PDT, como o principal nome da oposição ao projeto conservador no estado.
No cenário estimulado com sete nomes, Moro aparece com 43,8%, seguido por Requião Filho com 16,5%, praticamente empatado com Beto Richa (17,5%). Mesmo em desvantagem, o deputado estadual se consolida como principal antagonista da extrema-direita no Paraná.
A mudança partidária recente, com Requião Filho deixando o PT e ingressando no PDT, mesmo caminho trilhado por seu pai, o ex-governador Roberto Requião, não prejudicou sua colocação. Ao contrário: ampliou sua margem de diálogo com setores nacionalistas, trabalhistas e do centro progressista, além de preservar o legado da família Requião no estado.
Nos cenários de segundo turno, embora ainda não haja simulação direta contra Requião Filho, Moro vence com folga adversários como Guto Silva (62,7% x 16,9%) e Alexandre Curi (58,0% x 25,3%). A leitura política é que, com base sólida e herança histórica, Requião Filho pode representar o bloco mais consistente contra a hegemonia “bolso-lavajatista” no estado.
A entrada do pedetista reorganiza o campo da esquerda paranaense. O movimento pode atrair quadros do antigo MDB, órfãos de Requião, além de abrir espaço para alianças com PT, PSB e Rede Sustentabilidade. Portanto, Requião Filho precisará ampliar seu arco de alianças se quiser ser levado a sério na corrida pelo Palácio Iguaçu.
Nos bastidores, o PDT articula candidaturas próprias em vários estados e quer usar o Paraná como vitrine. Com discurso crítico à privatização e defesa da soberania, Requião Filho se encaixa na estratégia nacional do partido, que busca retomar protagonismo.
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